sexta-feira, 20 de junho de 2014

Copa gera 1 milhão de empregos no Brasil


A Copa do Mundo da FIFA Brasil 2014 está gerando cerca de 1 milhão de empregos no país. O número equivale a mais de 15% dos 4,8 milhões de empregos formais registrados ao longo do governo da presidenta Dilma Rousseff.
“É um número extremamente significativo que nós estamos comemorando neste momento. É um legado humano extraordinário”, ressaltou o presidente da Embratur, Vicente Neto, durante entrevista coletiva ontem (19) no Centro Aberto de Mídia João Saldanha, no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Os dados são de estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE), a pedido do Ministério do Turismo. O levantamento faz comparação entre projeção dos impactos gerados pelo Mundial e informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED) sobre histórico de janeiro de 2011 a março de 2014.
Do total de vagas de emprego relacionadas à Copa, 710 mil são fixas e 200 mil são temporários (todos com carteira assinada), segundo o presidente da Embratur. “São números significativos para qualquer comparação”, afirmou Neto. Só na cadeia do turismo, foram gerados 50 mil novos empregos em função do evento esportivo, legado que o presidente da Embratur considera bastante significativo.
Neto anunciou, durante a coletiva, outro dado positivo relativo à Copa no Brasil: a taxa de ocupação da rede hoteleira nas 12 cidades-sede na primeira semana do evento esportivo está 45% acima do esperado, de acordo com autoridades do setor. Até 11 de junho, foram registradas 340 mil diárias, 100 mil a mais que o previsto pelo Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil (FOHB). “Os números estão superando as expectativas”, afirmou o presidente da Embratur.
De acordo com Vicente Neto, a expectativa é que a realização de grandes eventos, como a Copa, ajudem a projetar o Brasil como destino turístico de destaque no cenário internacional, impulsionando geração de emprego e renda no país. Entre os principais impactos positivos esperados pela Copa estão os gastos de turistas durante o evento. Como um todo, a Copa do Mundo deve somar cerca de R$ 30 bilhões à economia brasileira, segundo a pesquisa.
Na coletiva, Vicente Neto ressaltou que o Brasil tem se destacado no cenário mundial de realização de eventos. O país subiu 10 posições no ranking da International Congress and Convention Association (ICCA) de 2003 a 2013, saltando da 19ª para a 9ª posição entre os países do mundo que mais recebem congressos e convenções associativas. O total de eventos realizados no Brasil neste período saltou de 62 para 315, e o número de cidades que sediaram esses encontros aumentou de 22 para 54. Essa evolução é resultado da política de descentralização na captação de eventos internacionais.
Além do presidente da Embratur, participaram do evento os professores Pedro Trengrouse, da Fundação Getúlio Vargas (FGV), e Lamartine da Costa, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da University of East London (UEL). Eles discutiram os aspectos positivos e perspectivas críticas sobre a realização de megaeventos.
“Se há um consenso entre os pesquisadores é que os megaeventos estão pagando pelo próprio sucesso”, afirmou Lamartine da Costa.

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